Investigador da PCPR investe em conhecimento e se torna instrutor de drone 18/03/2020 - 23:50

O investigador da Polícia Civil do Paraná (PCPR), Fabiano Teixeira, investe desde 2017, no estudo técnico e operacional de veículos aéreos não tripulados – os famosos drones. A dedicação profissional do servidor hoje lhe rende competência única dentro da instituição para ser instrutor de novos pilotos. A partir de cursos realizados no Rio de Janeiro (RJ), Teixeira pretende colaborar na formação de policiais e ampliar o uso do drone em investigações e operações no Estado.


A facilidade proporcionada pelo drone em ações policiais instigou o investigador a buscar conhecimento sobre este tipo de aeronave. Em 2017, Teixeira iniciou os estudos no curso de piloto. A inscrição na especialização de técnico em drone foi feita, na sequência, a partir das necessidades de manutenção das máquinas e correção de erros que apresentavam em campo.


Por último, o investigador iniciou o curso de instrutor de drone em 2018. “Meu desejo é formar novos pilotos na Polícia Civil e podermos ter mais qualificação nas investigações e cumprimento de mandados, já que o drone pode ser usado como instrumento de inteligência”, diz Teixeira.


Atualmente redigindo a monografia sobre a aplicação de drone na segurança pública, o investigador explica que as aeronaves remotamente pilotadas têm diversas funções na rotina da PCPR. Em áreas de domínio pelo crime organizado, as aeronaves chegam aonde os policiais teriam dificuldades, permitindo a obtenção de imagens e informações sobre suspeitos, localização de materiais roubados, entorpecente etc.


Durante as operações, o uso desta tecnologia nos endereços dos alvos, permite que policiais tenham sucesso no cumprimento de mandados judiciais e alcancem agilidade nos serviços de segurança pública.


Como piloto de classe três, Teixeira tem autorização da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para pilotar equipamentos de 250 gramas a 25 quilos. A legislação em vigor ainda exige que o aparelho seja homologado junto à Força Aérea Brasileira (FAB).


GRANDES EVENTOS – O drone já é muito utilizados nas ações desenvolvidas pela Delegacia Móvel de Atendimento ao Futebol e Eventos (Demafe) no Paraná. O uso das aeronaves antes, durante intervalo e depois de partidas de futebol tem função essencial na prevenção de brigas entre torcedores e identificação de suspeitos. Em outros eventos com concentração de multidões (feiras agropecuárias e show), os drones também apoiam as atividades terrestres com oferta de informação em tempo real.


Investigador há nove anos, Juliano Filardo é quem opera remotamente o equipamento na Demafe desde 2016. “Os drones que utilizamos chegam a até sete quilômetros de distância e 300 metros de altura. As imagens registras podem ser usadas como provas e têm fator inibitório de criminosos”, destaca Filardo.


O investigador também tem autorização da Anac para operar aeronaves não tripuladas e e pretende dividir a experiência de vôos com fins policiais com demais servidores da PCPR. Filardo lembra da necessidade de seguir as normas legais de segurança, que envolvem esse tipo de operação, já que o uso irregular de drone pode colocar a vida das pessoas em risco, seja pela má utilização do espaço aéreo ou mesmo acidentes em terra.

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