Polícias Civil e Militar prendem suspeito de atear fogo em idosa no Litoral 02/01/2020 - 12:20

A Polícia Civil do Paraná (PCPR), em conjunto com a Polícia Militar do Paraná (PM) prendeu o homem, de 65 anos, suspeito de ter ateado fogo contra a namorada de 66 anos. O Crime aconteceu no último dia 31 de dezembro de 2019, em Matinhos, no litoral. O suspeito foi preso na quarta-feira (1), no bairro Saint Etienee, também em Matinhos.

“É muito importante destacar a integração entre as instituições que está ocorrendo aqui no litoral, entre a Polícia Civil, Polícia Militar e Judiciário. Esse caso ocorreu no dia 31 e, ontem, dia 1º à tarde, nós tínhamos o autor preso. As equipes da Polícia Militar localizaram ele, tínhamos o inquérito já instaurado pela Polícia Civil  e a prisão preventiva decretada pelo Judiciário, então foi bastante rápido e eficaz”, disse o Coordenador do Verão Maior pela Polícia Civil no litoral, delegado Gil Tesserolli.

O Subcomandante do 9º Batalhão da Polícia Militar, major Luciano Romão, disse que a PM está trabalhando para colocar os mal intencionados à disposição da justiça. “Foi um conjunto de informações trocadas e trabalhadas. A Polícia Civil já estava com o inquérito instaurado e algumas medidas em andamento. A Polícia Militar conciliando, auxiliando e compilando algumas informações, esteve no local em que supostamente estaria o homem,  fez a abordagem e proveu os devidos acompanhamentos. Uma vez apresentado, o trabalho passa a ser da autoridade policial judiciária”, disse.

Conforme apurado pela PCPR, na madrugada do dia 31, a vítima foi até a casa do suspeito, em Balneário de Praia Grande, onde tiveram um desentendimento e em seguida o homem jogou gasolina na namorada e ateou fogo na mesma. A mulher ficou com cerca de 90% do corpo queimado e foi encaminhada para o hospital, mas não resistiu aos ferimentos.

PRISÃO - A PM fez o atendimento no local do crime para localizar o suspeito que não foi encontrado, no entanto, nesta quarta-feira (01/01), ele foi preso. “Ele não ofereceu resistência, mas tentou se eximir em um primeiro momento. Então quando ele foi localizado até quem estava dando abrigo a ele, entendeu o caráter ilícito da atitude dele e acabou nos franqueando o acesso ao agora preso”, contou o major Romão.

Logo após o crime, a Polícia Civil iniciou as investigações e pediu a prisão  do principal suspeito. O mandado foi expedido e cumprido dentro da delegacia após o suspeito ser localizado na residência do sobrinho, em Matinhos, pela Polícia Militar.

“Nós já interrogamos ele. A situação chegou aqui a nosso conhecimento e, imediatamente, demos início ao inquérito policial e às diligências para ouvir todas as testemunhas. Ele foi conduzido para a delegacia ontem, quando nós já estávamos com o mandado de prisão deferido pela Justiça; ele confessou com a maior tranquilidade o crime”, conta a delegada Sandra Nepomuceno, responsável pelas investigações do caso.

A delegada afirmou que já foram ouvidas três testemunhas e ainda faltam quatro. “Esse casal estava junto há pouco tempo, quatro ou cinco meses. Os familiares, em depoimento, relatam realmente que havia muita discussão do casal, mas ainda não havia nenhuma situação formalizada na delegacia.”

O CRIME - A delegada também deu detalhes de como ele teria praticado o crime. “A situação foi bastante cruel. Ele é bastante frio, não mostra arrependimento e, segundo ele, ouviu falar que ela teria um possível amante na cidade de Paranaguá. Ele tem combustível em casa, pois faz serviços autônomos de cortar grama e usava combustível para abastecer esse maquinário. Ela estava sentada no sofá,  ele chegou, já pegou o combustível que tinha em casa, imediatamente jogou o combustível nela, e ateou fogo”, descreveu a delegada Sandra.

O suspeito que já tinha passagens por violência doméstica. Agora vai responder pelo crime de feminicídio e está à disposição da Justiça.

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