PCPR prende seis integrantes de organização criminosa que lavava dinheiro do tráfico de drogas em postos de combustíveis 23/04/2024 - 16:27

A Polícia Civil do Paraná (PCPR) prendeu seis integrantes de uma organização criminosa ligada a lavagem de dinheiro decorrente de tráfico de drogas. A ação foi deflagrada na manhã desta terça-feira (23), em cinco cidades do Norte do Estado. Estima-se que mais de R$ 20 milhões de origem ilícita foram movimentados pelos suspeitos ao longo de oito anos.

Durante o cumprimento dos mandados de busca foram apreendidos dois veículos de alto padrão, R$ 15 mil em dinheiro, nove celulares, documentos, uma arma de fogo, uma máquina de contar dinheiro e máquinas de cartão em nome de terceiros. Ação contou com a atuação de mais de 100 policiais civis, além de cães da PCPR. 

Também foram decretadas medidas patrimoniais de sequestro de imóveis, que inclui um apartamento de R$ 2milhões, bem como o bloqueio de bens e valores existentes em contas bancárias e aplicações financeiras dos suspeitos.

A ação aconteceu simultaneamente nos municípios de Apucarana, Londrina, Cambira, São João do Ivaí e Borrazópolis.

A organização criminosa era chefiada por uma vereadora e o marido, os quais foram presos preventivamente. Entre os capturados está uma advogada e laranjas do esquema.

As investigações de alta complexidade, iniciadas em março de 2023, apontam que os suspeitos utilizavam diversas formas para dissimular a procedência dos ganhos financeiros de forma ilícita. 

“Apurou-se que o principal esquema financeiro para promover a lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de drogas era a constituição e aquisição de diversos estabelecimentos comerciais, dentre estes, postos de combustíveis nos municípios de Apucarana, São João do Ivaí e Borrazópolis”, explica o delegado da PCPR Ricardo Casanova.

Os valores de origem ilícita eram colocados no sistema financeiro por meio de circulação de maneira fracionada. Além disso, eram realizadas liquidação de operações de crédito e a aquisição de combustíveis.

“O patrimônio era incompatível com o que era declarado por eles. Verificamos que praticamente todos os valores que entravam na conta dessas pessoas não tinham a origem comprovada. Circulavam milhões de reais enquanto eles declaravam ganhos de R$ 14 mil a R$ 30 mil anuais”, afirma o delegado.

Os suspeitos deverão responder pelos crimes de associação criminosa e de lavagem de dinheiro, com penas que podem chegar a mais de dez anos de reclusão.  

As investigações seguem a fim de apurar outros fatos e identificar mais envolvidos.

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