PCPR deflagra segunda fase de ação em combate fraudes na prestação de serviços de saúde a policiais civis 16/12/2020 - 11:59
A Polícia Civil do Paraná (PCPR) prendeu temporariamente um policial civil aposentado suspeito de envolvimento em fraudes no pagamento de serviços de saúde “home care” prestados a policiais civis vítimas de acidente de trabalho ou de confronto policial. A prisão foi realizada na manhã desta quarta-feira (16), no bairro Cajuru, em Curitiba.
Outros sete mandados de busca e apreensão também foram cumpridos na capital paranaense, Região Metropolitana de Curitiba e Litoral.
O investigado teve a suspensão do porte e da posse de armas de fogo, sendo apreendidas armas de fogo em sua residência e local de trabalho do suspeito.
O servidor aposentado é suspeito de participação na fraude praticada por meio de uma empresa de “home care” da empresária presa na última quinta-feira (10), durante a primeira da fase da operação. Na ocasião uma enfermeira também foi presa, R$ 865 mil foram bloqueados de contas bancárias e dois veículos, que somam mais de R$ 100 mil, foram apreendidos.
INVESTIGAÇÃO - As investigações iniciaram há mais de seis meses e apontaram que os profissionais envolvidos são familiares do paciente, dois são fisioterapeutas, um terapeuta ocupacional, um fonoaudiólogo, um psicólogo, uma enfermeira e quatro técnicas de enfermagem.
A PCPR apurou que a empresária junto com os familiares da paciente, mantinham um esquema criminoso atuando para aumentar indevidamente os serviços médicos prestados a uma policial civil, que foi vítima de acidente vascular cerebral. Nesse caso, foram registradas notas fiscais em quantidades e valores superiores aos que eram prestados à policial.
Também foi verificado que a empresa recebeu, entre os anos de 2013 e 2020, cerca de R$ 2,7 milhões em ressarcimento de despesas médicas, pagas pelo Governo do Paraná. Além disso, R$ 865 mil foram pagos mediante apresentação de documentação fraudulenta, possibilitando o recebimento indevido por serviços superfaturados ou que não eram prestados.
Os envolvidos podem responder por estelionato, associação criminosa, uso de documento falso, falsidade ideológica e falso testemunho. As penas, somadas, ultrapassam 20 anos de prisão, além da multa estando os valores e veículos bloqueados e apreendidos no inquérito policial, reservados para futuro ressarcimento aos cofres públicos.
As empresas também ficam proibidas de serem contratadas pelo poder público e de participarem de procedimentos licitatórios.