PCPR mira organização criminosa envolvida em fraudes de processos licitatórios  08/12/2021 - 16:49

A Polícia Civil do Paraná (PCPR) cumpriu 15 mandados de busca e apreensão na manhã desta quarta-feira (8), em operação contra organização criminosa que utilizava empresas de fachada responsáveis por fraudes em processos licitatórios. 

A ação ocorreu simultaneamente em Curitiba e Assis Chateaubriand, no Oeste do Estado. Entre os investigados, há servidores públicos e agentes políticos. Na operação, uma pessoa foi presa em flagrante por posse ilegal de munição. Os policiais civis ainda apreenderam celulares, computadores, documentos e R$ 17 mil.

CRIMES- Após investigações de alta complexidade, a PCPR constatou que o grupo criminoso seria responsável por criar empresas de fachada com funcionários laranjas e a participação de servidores públicos. Eles seriam responsáveis por fraudar processos licitatórios e causar prejuízos aos cofres públicos.

As investigações tiveram início em março de 2019 com intuito de apurar as irregularidades na aquisição de peças de reposição de máquinas pesadas, que compõem a frota de veículos da Prefeitura de Missal. 

Posteriormente, foi apurado que os crimes estavam ocorrendo ainda em outros municípios da região Oeste. Durante as diligências, a PCPR constatou que havia o recebimento de peças como sendo novas, o superfaturamento de preços e o pagamento de peças que não eram entregues ou utilizadas.

Há indícios de fraudes e acertos indevidos em licitações de 2017, 2018 e 2019. 

Os suspeitos são investigados pelos crimes de corrupção ativa e passiva, além de organização criminosa.

FASES- Essa é a terceira fase da operação. Na primeira, ocorrida em 2019, foram cumpridos 26 mandados de busca e apreensão e 11 de prisão.

Na ocasião, a PCPR apreendeu diversos documentos que auxiliaram no andamento das investigações, como bilhetes de controle manual quanto ao pagamento de propina a diversos servidores e agentes públicos que mantinham contratos de venda de peças ou serviços para máquinas pesadas.

Já na segunda fase, que aconteceu em julho deste ano, foram cumpridas 59 ordens judiciais respectivamente em 39 endereços de pessoas físicas e 20 em setores de prefeituras. 

Durante a ação, a PCPR apreendeu documentos que auxiliaram no andamento das investigações.

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