PCPR prende 23 pessoas suspeitas de integrar organização que enviava drogas pelos correios 18/09/2025 - 13:34

A Polícia Civil do Paraná (PCPR) prendeu 23 pessoas durante uma operação deflagrada na manhã desta quinta-feira (18) para desmantelar uma organização criminosa investigada por despachar drogas pelo sistema dos correios para diversos estados do país. A ação aconteceu em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, e em Curitiba.

A operação teve o apoio da Polícia Militar do Paraná (PMPR) e a atuação de cães de faro e de um helicóptero da PCPR. Ao todo, foram cumpridos 29 mandados de busca que resultaram na apreensão de três veículos, porções de drogas, dinheiro em espécie, apetrechos para a comercialização dos entorpecentes e celulares dos investigados.

Além disso, foram executados 23 mandados de prisão pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico e organização criminosa. Desse total, oito pessoas também foram autuadas em flagrante delito e outras duas foram conduzidas à unidade policial para assinatura de termos circunstanciados por posse de drogas para uso pessoal.

“Esta foi uma investigação qualificada e complexa devido à modalidade de tráfico praticada pelos suspeitos. Porém, conseguimos desarticular essa organização sediada em Ponta Grossa e com atuação dentro e fora do Paraná”, afirmou o delegado-chefe da 13ª Subdivisão Policial, Nagib Nassif Palma.

A ação é um desdobramento de uma investigação iniciada em novembro de 2024 com a interceptação e apreensão de 17 pacotes enviados via correios. Os materiais foram identificados por meio de um cão de faro da PCPR. Neles, os investigados estavam realizando o envio de porções de maconha e haxixe.

A PCPR identificou a existência de um grupo criminoso que promovia o comércio de drogas via aplicativos de mensagens e redes sociais. A organização era sediada em Ponta Grossa e usava carros de transporte por aplicativo para realizar entregas na cidade e região e o serviço postal para envio para outros municípios e estados.

“O tráfico de drogas digital tem sido utilizado pelas organizações criminosas por permitir sua atuação silenciosa e facilitar tanto as atividades dentro da circunscrição do município, quanto fora das fronteiras do estado”, destaca a delegada Grazieli Schmitz, que comandou a investigação. “Apesar disso, estamos acompanhado de perto e realizado diligências constantes para bloquear a ação destes traficantes.”

Com o aprofundamento da investigação, a PCPR mapeou a estrutura organizacional do grupo e identificou que ele operava de forma compartimentada e hierarquizada, contendo uma ampla gama de colaboradores com funções específicas.

Os presos foram encaminhados ao sistema penitenciário. A PCPR segue em investigação.

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