PCPR prende duas mulheres por divulgação de pornografia infantojuvenil em Rio Branco do Sul 21/08/2025 - 10:53

A Polícia Civil do Paraná (PCPR) prendeu duas mulheres pelos crimes de coação, divulgação e armazenamento de pornografia infantojuvenil, além de associação criminosa e ameaça. A ação aconteceu nesta quinta-feira (21), em Rio Branco do Sul. Um homem está foragido.
O terceiro indivíduo, que é pai de uma das vítimas e companheiro de uma das investigadas, não foi localizado durante o cumprimento dos mandados de prisão preventiva. As duas mulheres foram capturadas em Curitiba e em Cerro Azul.
As investigações foram iniciadas após uma denúncia de ameaça feita pela mãe das vítimas, com 13 e 16 anos na época. Segundo o relato, ela teria sido coagida pelo indivíduo com a divulgação de material pornográfico envolvendo as menores.
De acordo com o delegado da PCPR Gabriel Fontana, a apuração policial revelou que o primeiro vídeo teria sido gravado sob coação, após o pai de uma das vítimas ter obrigado as filhas a produzirem conteúdo íntimo entre si. O registro ocorreu em outubro de 2024.
“As vítimas eram sistematicamente coagidas pelos investigados a produzirem vídeos de cunho pornográfico entre si e com terceiros, sob a imposição de uma meta diária de produção”, explica.
Após um tempo, as ameaças se intensificaram, incluindo a divulgação do conteúdo e a invocação de um suposto contexto de "seita" para coagi-las a cumprir as exigências.
Em uma ocasião, a falta de cumprimento da meta diária resultou na efetiva divulgação dos vídeos nas redes sociais.
Durante as buscas domiciliares cumpridas nesta quinta-feira, foram apreendidos aparelhos celulares que serão periciados pela Polícia Científica.
As investigações continuam em andamento, visando à identificação de outras possíveis vítimas e de demais envolvidos na atividade criminosa.
A PCPR segue em diligências a fim de capturar o foragido.
DENÚNCIAS - A PCPR reforça o compromisso com a proteção de crianças, adolescentes e mulheres vítimas de violência. Denúncias podem ser repassadas de forma anônima pelos telefones 197, da PCPR ou 181, do Disque-Denúncia.