PCPR prende homem investigado por comércio de substâncias ilegais pela internet em Foz do Iguaçu 11/07/2025 - 14:27

A Polícia Civil do Paraná (PCPR) prendeu um homem, 41 anos, em flagrante por por posse ilegal de arma de fogo de uso restrito e receptação. Ele é investigado pelo comércio de substâncias de anabolizantes pela internet. A captura aconteceu nesta sexta-feira (11), em Foz do Iguaçu, no Oeste do Estado.
As diligências ocorreram simultaneamente nos bairros Vila C e Jardim Itália.
Os policiais localizaram na residência do investigado uma pistola calibre 380, sem registro, com mira a laser e 18 munições. A presença da mira caracteriza o armamento como de uso equiparado a restrito.
Também foram apreendidos dois aparelhos celulares, que serão encaminhados à perícia.
De acordo com o delegado da PCPR, Rodrigo Colombelli, posteriormente, foi constatado que o armamento havia sido extraviado em 2013, sendo originalmente de propriedade de um policial, fato que resultou também na autuação pelo crime de receptação.
A operação é desdobramento de investigações iniciadas ainda no primeiro semestre de 2025, a partir de informações repassadas por uma empresa de vendas online e que indicavam o envio irregular de medicamentos e anabolizantes.
“As encomendas foram despachadas de Foz do Iguaçu e interceptadas no centro de distribuição da transportadora em Cascavel, antes que chegassem aos destinatários finais localizados em diferentes estados do país”, explicou o delegado.
Foram apreendidos milhares de comprimidos e ampolas contendo substâncias anabolizantes e hormônios. Também foram identificadas gomas de mascar contendo Delta-8 THC, substância sintética com propriedades similares ao tetrahidrocanabinol (THC), sem autorização da ANVISA.
As remessas, com origem em laboratórios estrangeiros, especialmente do Paraguai, México e Canadá, eram endereçadas a estados como Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, com uso de falsos remetentes e códigos identificadores, o que indica a existência de uma estrutura criminosa organizada para a remessa de substâncias ilícitas.
“Estamos diante de uma rede criminosa que atua com alto grau de organização, usando a logística de grandes plataformas para distribuir substâncias proibidas. O trabalho é impedir que esses produtos chegassem aos consumidores finais”, afirmou.
Todo o material apreendido foi lacrado e será submetido à perícia. As investigações continuam para aprofundar a identificação dos envolvidos na cadeia de distribuição, o rastreamento de fluxos financeiros e a responsabilização por crimes como tráfico de medicamentos, associação criminosa, receptação e lavagem de capitais.