PCPR prende 28 pessoas em operação contra organização que movimentou R$ 9 milhões com golpes 25/11/2025 - 16:16
A Polícia Civil do Paraná (PCPR) prendeu 28 pessoas durante uma operação deflagrada na manhã desta terça-feira (25) contra um grupo criminoso que movimentou mais de R$ 9 milhões aplicando o golpe do presente. A operação teve o apoio da Polícia Civil de São Paulo (PCSP) e aconteceu nas cidades paulistas de São Bernardo do Campo, Diadema e São Paulo.
Além dos 28 mandados de prisão, a PCPR cumpriu 90 de busca e apreensão e 41 bloqueios de contas bancárias. A ação visou desarticular o esquema que lesou 270 vítimas no Paraná, além de outras em São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Bahia.
Entre os presos desta terça-feira estão os operadores financeiros do grupo - que viabilizavam a lavagem do dinheiro -, os motoboys que vinham de São Paulo para o Paraná a fim de aplicar os golpes, além dos mentores intelectuais do esquema.
A investigação da PCPR teve início há cerca de um ano e identificou a estrutura da organização criminosa, bem como seu modo de ação. Ao longo das diligências, am junho deste ano, a PCPR apreendeu, em Curitiba, 12 máquinas de cartão adulteradas que foram utilizadas na aplicação do golpe.
"Os criminosos tinham acesso a dados de diversas pessoas e procuravam por aquelas que estavam fazendo aniversário. Eles entravam em contato com estas vítimas via aplicativo de mensagens e se passavam por floriculturas ou lojas de chocolate. Alegavam que precisavam entregar um presente e que iriam cobrar uma taxa referente ao frete do motoboy”, explica o delegado da PCPR Emmanoel David.
A vítima era orientada a realizar o pagamento com o cartão bancário. Ao inseri-lo na máquina, o motoboy simulava erros nas transações e passava o cartão diversas vezes, descontando altos valores do limite bancário da vítima. "Essas máquinas eram adulteradas com softwares maliciosos que captavam as informações do cartão e a senha", descreve o delegado.
Em outras ocasiões, os golpistas passavam valores altos sem que a vítima percebesse ou trocavam o cartão dela por outro do mesmo banco.
Após a aplicação do golpe, o dinheiro era rapidamente pulverizado para diversas contas bancárias de laranjas com o intuito de ocultar os valores e dificultar o rastreamento pelas instituições financeiras e pela polícia.
ORIENTAÇÃO - A PCPR faz um alerta para que os cidadãos fiquem atentos a entregas de presentes que não possuem remetente. Além disso, é importante desconfiar caso o entregador exija que o pagamento seja feito exclusivamente com cartão bancário e se negue a revelar quem enviou o presente.
Caso o cidadão seja vítima do golpe do presente, pode procurar a unidade policial mais próxima para registrar um boletim de ocorrência. Por se tratar de crime de estelionato, o registro também pode ser feito diretamente no site da PCPR. A vítima deve guardar todas as provas do crime (como imagens de câmeras de segurança, prints de conversas, comprovantes bancários) e apresentá-las no momento do registro ou quando for solicitada pela equipe de investigação.










